O dia em que ele chorou
Ele dorme na minha casa de quinta a domingo. E tem a coisa da escova de dentes. Ele tem se esforçado pra fazer tudo direitinho, eu sei. E chegou um momento em que eu não lembrava mais que a gente não namorava. Se conheço a vó dele, a mãe, almoço com a familia, ele come pizza com meu pai, namoramos, certo? Errado.
Aí o ex, para se vingar, disse "não pego o filho. E você que perca sua baladinha". Chorei no ombro do atual, disse que era uma ex-mulher tão legal e que esse homem infernizava a minha vida. Ele me fez carinho e disse "eu toco, mas volto para dormir com você". Voltou. As dez da manhã, o adesivo da balada colado na sola do tênis. Chegou bêbado, derrubou uma moto na minha garagem. Olhei pra ele, perguntei o que ele pensava chegando aquela hora na minha casa, mas deixei ele dormir um pouco para não sair naquele estado e se matar na primeira esquina. Eu ainda ficaria com a culpa pro resto da vida, disse pra ele. Dorme e vai embora da minha casa. Ele obedeceu. Se jogou de calça jeans na cama e la ficou. Eu sai. Deixei um bilhete verde limão com garranchos nervosos "deixa a chave na portaria. obrigada".
Foi no final da tarde que aconteceu a cena de filme romântico. Eu saí no portão da casa da minha mãe, descalça, pra tomar um ar e quem sabe fumar um cigarro. Ele estava no portão. Estendeu a chave, que eu guardei meio sem saber o que fazer, surpresa pelo momento. Ele me abraçou antes de eu vacilar. encostou a cabeça no meu peito e chorou feito criança. Tremia. A respiração ofegante. Me desculpa. gaguejou. Por favor, me desculpa. Não quero te perder, não posso. Fiquei imóvel. Meus 25 anos passaram pela minha cabeça, procurando um único momento em que alguém tivesse chorado por mim, me pedido desculpas daquele desespero. Não vou mais fazer isso, não quero, não posso te perder. Foi a primeira e última, eu disse. Não sou como suas ex mulheres, não sou adolescente e não tenho tempo a perder. E além disso eu não mereço ser tratada com molecagem. Ele chorou mais, me apertou, disse que não mereço mesmo, e que ele fez a escolha dele que era eu. Que aquele era um dia novo. E me pediu em namoro.
Não respondi. E depois respondi que o namoro teria prazo de experiência, igual emprego novo. Ele riu, enxugou os olhos, e eu entrei no carro dele.
Aí o ex, para se vingar, disse "não pego o filho. E você que perca sua baladinha". Chorei no ombro do atual, disse que era uma ex-mulher tão legal e que esse homem infernizava a minha vida. Ele me fez carinho e disse "eu toco, mas volto para dormir com você". Voltou. As dez da manhã, o adesivo da balada colado na sola do tênis. Chegou bêbado, derrubou uma moto na minha garagem. Olhei pra ele, perguntei o que ele pensava chegando aquela hora na minha casa, mas deixei ele dormir um pouco para não sair naquele estado e se matar na primeira esquina. Eu ainda ficaria com a culpa pro resto da vida, disse pra ele. Dorme e vai embora da minha casa. Ele obedeceu. Se jogou de calça jeans na cama e la ficou. Eu sai. Deixei um bilhete verde limão com garranchos nervosos "deixa a chave na portaria. obrigada".
Foi no final da tarde que aconteceu a cena de filme romântico. Eu saí no portão da casa da minha mãe, descalça, pra tomar um ar e quem sabe fumar um cigarro. Ele estava no portão. Estendeu a chave, que eu guardei meio sem saber o que fazer, surpresa pelo momento. Ele me abraçou antes de eu vacilar. encostou a cabeça no meu peito e chorou feito criança. Tremia. A respiração ofegante. Me desculpa. gaguejou. Por favor, me desculpa. Não quero te perder, não posso. Fiquei imóvel. Meus 25 anos passaram pela minha cabeça, procurando um único momento em que alguém tivesse chorado por mim, me pedido desculpas daquele desespero. Não vou mais fazer isso, não quero, não posso te perder. Foi a primeira e última, eu disse. Não sou como suas ex mulheres, não sou adolescente e não tenho tempo a perder. E além disso eu não mereço ser tratada com molecagem. Ele chorou mais, me apertou, disse que não mereço mesmo, e que ele fez a escolha dele que era eu. Que aquele era um dia novo. E me pediu em namoro.
Não respondi. E depois respondi que o namoro teria prazo de experiência, igual emprego novo. Ele riu, enxugou os olhos, e eu entrei no carro dele.
4 Comments:
aaaai que lindo!!! que lindo!!!! arrepiei inteira!!!!
arrasa, gata, aproveita!!!
mtos beijos procê(is)
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa que demais!!! Vai nessa, nega!
A versão canalha da delícia cremosa! rá!
acho que vc é a mulher mais segura que eu já vi
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