sexta-feira, maio 11, 2007

E passa, será que passa?

Quero ficar só. Quero tanta coisa.

Não é pela cachorrada final. Nem pela inicial. Nem pelas do meio. Nem pelo amor tão bom que vivemos juntos.
Queria contar da babaquice que é me dizer de amor socialista assim que terminamos, enquanto eu sangrava pra todo lado, sangrava na rua, no ônibus, na cama. Agora quero faxina.
Amor não funciona e todas sabemos, amor acontece e só. E vem me dizer que amor não funciona. Vem me ensinar. Obrigada.
Logo eu, logo eu, logo eu, que me apaixonei mesmo você sendo um lixo.
Você estava um lixo. Tudo em você gritava o quanto estava arrebentado. Tudo. A tua pele, tua compulsão pela noite, tua casa, tua cama, teu olhar.
Onde estava o amor que não é sonho, que não é castelo, que não é amigo, que não é verdadeiro. O amor elevado que você tenta dizer que acredita. Onde estava, quando você se arrebentou antes de me conhecer? Onde porra, quando você me dizia xurumelas sobre castelos arruinados. Onde estava, quando você me ligava pra dizer que me amava? Livre? Que cara ele tinha? Qual era a cara dele caralho? A tua cara mesquinha. Tua cara mais mesquinha.

Fui decente demais.

E me fodi.

2 Comments:

Blogger Malvinas said...

que bonito...
tanto sangue fez bem, ao menos literariamente.

2:30 PM  
Blogger Wev's said...

Ja gostei...de uma ai..
assim dessas que nem ligava.. e eu ensistia em dizer que ela gostava de mim...
eu insistia em dizer que gostava dela..

Uma hora eu disisti de de insistir...

Eu tenho que vir aqui né..porque tem gente que não visita mais o meo blog nem com limão e caxaxa...

3:44 PM  

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