Jacarepaguá, Rio de Janeiro
Porra, caralho, torcida de cuzão, quem manda nessa porra não sou eu, não. Essa porra sendo a minha própria vida, que me escapa, segue à minha mercê sem perguntar se eu estou cansada, se quero descer, se quero virar à direita ou à esquerda. As lombadas vão se diversificando, se disfarçam de sonorizador, ficam eletrônicas e eu acelero, esbaforida, sem saber como diminuir a velocidade...
Parágrafo, travessão: minha filha, a raiz de toda depressão está no sentir pena de si mesma. E quem sente pena de si mesma é porque está se dando uma importância exagerada.
Ponto final. Sábia madrasta, então o que eu faço agora? Jogo cocô nas minhas fotografias enquanto pego minha guitarra imaginária e toco um blues? Assim aproveito e explicito que a vida é uma grande merda.
Porque o negócio é o seguinte: saber as coisas intelectualmente não serve para porra nenhuma. Eu concordo com suas belas palavras, ó madrasta. Mas só poderei sorver com um canudinho daqueles brancos e vermelhos que viram em direção aos meus lábios as suas sábias palavras quando puder experimentar essa iluminação por mim mesma. Até lá, neném, vou ter que pedalar, pedalar, pedalar...
Parágrafo, travessão: minha filha, a raiz de toda depressão está no sentir pena de si mesma. E quem sente pena de si mesma é porque está se dando uma importância exagerada.
Ponto final. Sábia madrasta, então o que eu faço agora? Jogo cocô nas minhas fotografias enquanto pego minha guitarra imaginária e toco um blues? Assim aproveito e explicito que a vida é uma grande merda.
Porque o negócio é o seguinte: saber as coisas intelectualmente não serve para porra nenhuma. Eu concordo com suas belas palavras, ó madrasta. Mas só poderei sorver com um canudinho daqueles brancos e vermelhos que viram em direção aos meus lábios as suas sábias palavras quando puder experimentar essa iluminação por mim mesma. Até lá, neném, vou ter que pedalar, pedalar, pedalar...
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