quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Ai, os homens de outrora!

Eu não tenho lá tanta experiência assim no “esporte”, sair na balada para descontar o atraso, que lá meus métodos sempre foram muito outros. Mas tem dias que a noite é foda, como dizem, e tenho saído a umas caçadinhas de vez em quando, coisa boba, a passar o tempo. E não é que eu descobri um tipo de homem – dá até arrepio – que aliás parece ser maioria, o tal do “cara da balada”, o ficador profissional. Precisei passar do quarto de século para conhecer tais figuras, e agora fico feliz de só tê-los conhecido a essa altura.

A birra não é nem porque os caras são ruins de papo, geralmente são burros porque gastaram muito tempo conversando sobre besteira e pouco tempo fazendo coisas úteis; nem porque eles pouco se interessam em quem você é, de que lado está, o que pensa da vida. Negócio triste, mas triste mesmo, é que esses caras não gostam de mulher, por mais que façam tipo de gostam. Verdade. Vai pra cama com eles, é seguro que vai rolar o “roteirão”: língua na boca, boca no peito, boca na buça, boca no pau, língua na boca, metelão, fim. Coisa! Tá o cara ali, no quarto, sozinho, com um corpo feminino inteiro para ser descoberto, um monte de dedos e mãos e peles e pontas para explorar e ser explorado, todo o tempo do mundo, os cheiros, os fios de cabelo e os pêlos, todos os sentidos do mundo, e o sujeito me vem com roteirão! Perá lá!!! Não tá nem um pouco a fim de transar de verdade, o cara quer é número!

Pra esse tipo, toda mulher é igual, não tem cheiro ou toque diferente, não tem gemido nem silêncio de cada uma. E olha que eu gosto, a-do-ro homem conquistador, adoro tarados e safados em geral, homem que não consegue se segurar, aquele que vira a cabeça para cada bunda bem talhada. Aprovo! Apoio! Homem que gosta de mulher! Os “caras da balada” são outra coisa. Mulher, querem distância. Querem é enfiar, mulher, cabrita, jaca, dá no mesmo – só que pega mal, né?, então, vai com mulher mesmo.

É por esses – que são filhos da época em que a gente vive, onde o que vale é ter mais, mais, mais – que eu publico, em primeiro mão, algumas marchinhas de outrora que me foram sopradas por um grande amigo do trabalho. Pra lembrar da época em que homem gostava mesmo era de mulher, e não de fazer conta no dia seguinte!

Marchinha do Francisco Alves

Perguntar se eu quero
Uma balzaquiana
É perguntar se macaco quer banana

Marchinha (Jorge Veiga)

Tira essa mulher da minha frente
Senão me acabo, senão me acabo
Tira essa mulher da minha frente
Senão me acabo, senão me acabo
Se ela me der sopa
Vai haver o diabo!

Tem tanta garota roxa
Roxa pra brincar
Na mão de muito trouxa
Que não sabe aproveitar.

Não quero
Não quero broto
Não quero, não quero não
Não sou garoto para viver na ilusão
Sete dias da semana
Eu prefiro ver minha balzaquiana.

A mão do Alcides (Moreira da Silva)
A mão do Alcides
Não é boba não.
Está em toda parte
Procurando confusão

Cuidado, meninas,
Do Leblon ao Caxambi
Que a mão do Alcides
Anda solta por aí

Seja em trem ou automóvel
Em ônibus ou lotação
O Alcides está em todas
Procurando arrumação

Mas a moça de hoje em dia
Já conhece esse macete
Quando entra no aperto
Leva sempre um alfinete.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Esse tipo de gente,perdido na cama...

Esse tipo de gente

Do prazer só no banheiro

Esse tipo de gente, do roteirão

Esse tipo de pessoa que so tem prazer com as mãos

Esse tipo de gente... Não se da por inteiro

Esse tipo de gente..

Gringo Punheteiro...

5:56 PM  

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