segunda-feira, setembro 25, 2006

Todas as cartas de amor são ridículas

Desculpa pelo macarrão hoje. Com essa gripe acho que errei a mão. Não adianta você falar que tava bom – não tava. Eu esqueci meus anéis na sua cozinha. Ali bem embaixo da janela – guarda pra mim? Prometo que vou levar o que você me deu na loja pra desamassar. Vai ficar lindo de novo.

Depois dessa nossa conversa, eu fiquei pensando em você. Fiquei pensando se gosto de você pelo sotaque, ou porque você me mostra tantas coisas legais que eu não conheço e mesmo assim eu não fico nem um pouco contrariada de saber tão menos coisas do que você. Talvez seja pelo jeito que você pensa, a sua lógica interna. Ou então porque você gosta de gatos e de crianças. Pelo jeito que você lembra como que é a cabeça da gente quando a gente é criança, e entende elas direitinho – que nem você narrou os pensamentos do menino naquele dia que a gente tinha tomado ácido na praia, lembra? Ah! Também pode ser porque você é ótima companhia pras drogas, pra cerveja, pra filar meus cigarros e beber cachaça ou vinho. Talvez porque a gente tenha se entendido fácil desde o começo. Pode ser que eu goste de você porque você gosta de praia, de céu, de viajar, e porque não gosta de entrar no mar frio aqui do sul. Porque sabe cozinhar e gosta de tudo com muito açúcar. Porque eu adoro preparar sua xícara de café com muito açúcar.

Pode ser que seja porque as suas mãos são bonitas. E também porque você sabe desenhar – eu acho incrível quem sabe desenhar. Ou então porque você se concentra muito quando está trabalhando. Ou talvez seja porque você tem um disco lindo do Charles Mingus que eu copiei, ou muito provavelmente porque entende de computadores e todas essas coisas informáticas e eletrônicas que são tão fascinantes. Talvez seja porque você tem uma rede vermelha, ou ainda porque gosta de dançar. Não deve ser por nenhuma dessas coisas, é claro. Mas é bom e vale a pena.

Eu não sei, beibe, o que a vida guarda pra gente. Mas se aprontou tudo isso até agora, deve ter muito mais. Te amo e às vezes tenho medo, mas passa rápido.

Um beijão,

Malvina

3 Comments:

Blogger malvinas said...

Outro dia ouvi que quando é amor é fácil. quando viu, já foi. e tudo é natural e fácil, leve. é incrível.

1:47 AM  
Anonymous Anônimo said...

faz tempo que n apareço aqui...

Também acho bonito os desenhos dela..é impressionate essa coisa de desenhar...

se cuida malvinas

4:55 PM  
Blogger malvinas said...

tudo isso e mais um pouco. É assim, a gente é babaca. Mas sempre vale.

4:21 PM  

Postar um comentário

<< Home