segunda-feira, outubro 17, 2005

agora é só mais esse restinho de ano

Eu tinha postado aqui, há umas duas horas atrás, fragmentos de uma carta que eu escrevi pra uma pessoa que não ia nunca lê-la, porque não merece saber que eu ainda perco meu tempo pensando nas sacanagens que ela me fez. Fui olhar o blog e me irritei profundamente com aquilo, e resolvi apagar. Fico na dúvida porque o final era bacana, mas só o final mesmo. Fico pensando em quanto tempo perdi me desgastando emocionalmente com quem não merecia, e o quanto agora estou cansada e sem ânimo pra ter qualquer emoção de novo. Por causa de uma “criatura que me fez tão triste assim”. Estou fraquinha, fraquinha, sem graça. Sem graça nenhuma pra escrever, pra conversar ou fazer piada. Pra discutir, pra beber e pra sair na balada. Mesmo que eu continue fazendo tudo isso. Tá tudo sem gosto. Sem sal. Sem lemón.

Mas agora é só mais esse restinho de ano, prometo. Depois vai ter muita Bahia, sol e mar pra me deixar feliz. Muita maconha bem fumada e ácido bem tomado, água-de-coco e capeta na balada. Caminhada na areia vendo a forma dos coqueiros. Muito calor na hora que a gente acorda, e ressaca curada no primeiro mergulho. É só isso que eu preciso.

E pra não dizer que joguei tudo fora (já que o original rasguei) fica aí o finalzinho do meu desabafo:


(...) POR QUE VOCÊ MENTIU? Se você não tinha a menor consideração por mim, como mostrou, por que se dar ao trabalho de esconder, mentir?
O que eu quero deixar claro é que não é por ciúme, nem por querer te ter só pra mim, que eu fico muito puta. Mas "dona", não. "Dona" a ponto de você se deixar beijar na minha frente, sem o menor constrangimento, aí não dá. Se você tem "dona", filho, vai pra casinha e não fica dando uma de vira-lata. Você me fodeu, Homem. Só pela sua mania de querer parecer bonzinho. De ser o cara legal. Ou então por ser canalha mesmo, por ter prazer em foder os outros. E eu gostava de você, porra. Te achava muito bacana e estava muito disposta a ser bacana com você. Agora, quero mais é que você se foda, de verdade. Te vejo e tenho vontade de te ver se dando mal. Tenho ódio cada vez que você sorri como se nada tivesse acontecido. Fiquei com mais nojo e medo do que tesão quando você me abraçou e tentou me beijar. Você foi muito babaca, porque podia ter evitado tudo isso sem necessariamente perder a sua diversão de quarta-feira de chuva. Era só jogar limpo. Mas isso é difícil pra gente desonesta, né? Eu não. Eu sou honesta e não vou te tratar como se nada tivessse acontecido. Pode guardar essa sua carinha de cachorro que quebrou o pote pra tua "dona".

2 Comments:

Blogger malvinas said...

O meu amor! Não encana não... Como diz a nossa letra, "nessa vida tudo passa, e você tambpem passou..."

6:29 PM  
Blogger malvinas said...

Eu tinha me identificado tanto com o começo, poxa vida!

11:18 PM  

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