sábado, dezembro 17, 2005

sábado de pijama

É preciso aceitar a tristeza, certo?
Viver a fossa. Chorar, ouvir músicas que fazem chorar mais, suspirar, responder é, tudo indo, quando perguntam se está tudo bem.
Ver seus zóião me olhando fundo, zóião que apesar de tudo sorriam nos meus.
Um dia passa.
Não pensar no que ele está pensando, nem em nós, no futuro. Pensar em mim. E só.
Virar a página. Acabou.
Nem em vinganças, em músicas felizes de quem sobreviveu -- isso é bom, mas não é o tom.
Quero que passe. Vou sobreviver, já sobrevivi uma vez.
Mas estou triste. A verdade é que também estava quando junto dele. Sempre triste.
Pra sempre???
Minha mãe, mulherão que sofre demais, já me disse: não se acostuma a se fuder, porque aí fudeu.
Mania de minha eterna criança de pular na piscina sem verificar se há água dentro.
Vou trabalhar á noite, dormir sozinha, sentir saudades, sentir ciúmes, que eu sinto também, morro por dentro e ninguém percebe.
Isso aí: enfrentar as horas, como diz outra malvina.
Horas tristes, quase insuportáveis. E passam.
Estou triste.
Mas minha certeza é maior do que tudo que há.
Minha força está a prova outra vez.
Vou pra academia fazer musculação.