quinta-feira, março 29, 2007

Devil Mood

Je suis totalement obsédée
Doucement s'il te plait
Pourquoi que tu es si méchant
Mon terribly plus bel enfant
Méchant toi tu es quand je te vois
Je te veux plus que hier
Yeah it's true I want you
You're a bad one through and through

Nunca ninguém me tentou assim
Tão lindo e tão ruim
Belo anjo, de um lando
E do outro, o diabo
Malandro e anjo está me derretendo
Your kiss is my wish
Take me to your hell

I feel in a devil of a mood
Been instilled by the devil
Wicked heart brings me so much pain
And pleasure I can't keep away

Je suis totalement obsédée
Doucement s'il te plait
Pourquoi que tu es si méchant
Mon terribly plus bel enfant
Méchant toi tu es quand je te vois
Je te veux plus que hier
Yes true I want you
You're bad one through and through
You're the devil but you're also an angel

I feel in a devil of a mood
Be installed by the devil
We get hot
Mon diable je t'adore
Je t'adore, je t'adore, je t'adore
Oh aie aie aie aie oh oh oh

You're the devil but you're also an angel
Je t'a, je t'a, je t'a, je t'adore
Aie aie aie aie aie oh
You put me in a devil mood

quinta-feira, março 22, 2007

Carteira assinada

-Estou cansada dessa história de frilar para vários veículos.
-É, eu também. O bom mesmo é ter, pelo menos, um frila fixo.
-Mas depois que eu acostumei com uma carteira assinada... é difícil.
-O pior sou eu, que estou na idade de pensar em um plano de previdência privada. Bom, deixa eu voltar ao trabalho.
-Eu vou acabar esse cigarro.

(...)

-Você por aqui? Não fuma só com cerveja?
-Não só.
- Janta comigo hoje?
- Janto.

(...)

-Olha, durante o cigarro, pensei melhor. A desestabilidade de frilar para vários veículos tem suas vantagens: você não precisa bater cartão, dar satisfação para o patrão. O melhor mesmo é não bater cartão e sim ter um frila fixo mesmo.
-Sim, de fato.
-Deixemos a aposentadoria para depois.
-Cerveja?
-Sim, cerveja.

quarta-feira, março 21, 2007

Ode ao sanfoneiro

O coração bateu no rosto quando descobri que o assento reservado para mim era frente ao sanfoneiro que me provoca arrepios.
Teria sido de propósito?
Porque depois daquele show em que nos tornamos "amigos" após eu ter negado veementemente às suas suplicas, por ser muito ética com relação à prisão dourada em seu dedo esquerdo, sua visão não me saiu da cabeça.
Perturbador.
Ele me perturbava.
E o show começa.
Ele aparece com aquela barba e meus pensamentos voam em funções um tanto pornográficas para aquelas mãos que deslizam pela sanfona como se estivessem em um corpo nu.
Sua sanfona chora, goza. E eu que nem gosto de sanfona, até aprenderia o forró.
Nunca vi isso em toda a minha vida Deus:Uma sanfona se transformando em mulher.
Era esse então o segredo de sua música. Vinha de mulher.
Vinha de mim, de malvinas sentadas na platéia, de bocas molhadas e gargantas secas frente ao espetáculo.
Desejei que a luz nunca se acendesse. Que o anel não existisse, que ficassemos nós três naquele palco e ele tocasse só para mim a Lua Vermelha.

JUDIARIA (arnaldo antunes)

Agora você vai ouvir aquilo que merece
As coisas ficam muito boas quando a gente esquece
Mas acontece que eu não esqueci a sua covardia
A sua ingratidão
A judiaria que você um dia
Fez pro coitadinho do meu coração
Essas palavras que eu estou lhe falando
Têm uma verdade pura, nua e crua
Eu estou lhe mostrando a porta da rua
Pra que vocês saia sem eu lhe bater
Já chega o tempo que eu fiquei sozinho
Que eu fiquei sofrendo, que eu fiquei chorando
Agora quando eu estou melhorando
Você me aparece pra me aborrecer

sábado, março 17, 2007

Sobre verdades, chuva e cigarros

Enquanto a cidade alagava, o bonitão me conta que a chuva lhe deixa comovido como o diabo e me convida pra jantar. E eu vou. E ele me declara todo o amor. Eu tento explicar com palavras o tesão que sinto com o cheiro dele (ele me arrepia). Ele vai seguindo com o jeito de me tirar a fala, me faz engasgar a comida, me faz rir, me faz ficar vermelha com um olhar... Eu digo que amo ser amiga dele e que eu amo poder rir quando ele olha pra todas as bundas que passam por nós e ele diz que sente ciúmes de mim por eu estar com outra pessoa. Eu digo pra ele não ter ciúmes. Afinal, não daria certo. E eu digo que quero ser amiga dele pra sempre. E só. Depois de vários cigarros, eu tento explicar para ele que eu embarcaria nessa paixão se eu não tivesse conhecido o amor um pouco antes dele entrar na minha vida. Cigarros e mais cigarros tentavam romper o silêncio da boca dele - que nessa hora me olhava com amor. E eu continuei. "Eu encontrei um homem, que não é o tipo físico que eu descreveria como o meu modelo ideal, mas esse homem me provoca uma vontade de ter filhos. Ele me dá vontade de casar. Ele me protege e me alegra. Eu quero esse homem e crianças pela casa. Por mais que te doa, por mais que me doa. Por mais que você tenha o tipo físico que eu desejaria, sem tirar nem por um detalhe. Feito por encomenda só pra mim. O corpo, o rosto, o jeito, a roupa, tudo. É indeciso e decidido, ciumento e independente, moleque e adulto, doce e amargo. É de gêmeos. Tem cheiro de homem. Gosto das camisas e do tênis surrado. Mas eu não saberia abrir mão do amor por você. E nem trair esse amor. Me perdoe, por favor, mas eu quero ser só sua amiga". E nessa hora, eu percebi: ele estava apaixonado e decidido a me ter de qualquer maneira.

sexta-feira, março 16, 2007

Ainda tenho inventado a tua presença

como um dia também não saberei me arriscar a morrer sozinha, morrer é do maior risco, não saberei passar para a morte e pôr o primeiro pé na primeira ausência de mim - também nessa hora última e tão primeira inventarei a tua presença desconhecida e contigo começarei a morrer até poder aprender sozinha a não existir, e então eu te libertarei. Por enquanto eu te prendo, e tua vida desconhecida e quente está sendo a minha única íntima organização, eu que sem a tua mão me sentiria agora solta no tamanho enorme que descobri. No tamanho da verdade?
Mas é que a verdade nunca me fez sentido. A verdade não me faz sentido! É por isso que a temia e a temo. Desamparada, eu te entrego tudo - para que faças disso uma coisa alegre. Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.
(A Paixão Segundo G.H.)

terça-feira, março 13, 2007

Ele é um gato. Um gato daqueles de calendário. Ela também. De calendário. Eu, sou só a ponte, que por mero capricho do destino, une os dois. Ou não une, como verão abaixo. Ela não quer ficar com ele. Ele tá doido pra pegar nos peitos dela. Não sei se o negócio vai pra frente ou não, mas as discussões são engraçadas.

gatinho diz:
da pra mim o e-mail da sua amiga?

malvina diz:
xxxx@xxxx.com
gatinho diz:
vou encher o saco dela + um pouco....

gatinho diz:
fazer o que, neh?

malvina diz:
hehehehhe boa sorte
gatinho diz:
exercicio de seguir a vontade

malvina diz:
hmmmm menos vontade e mais estrategia costuma dar mais certo
malvina diz:
o amor é cruel, gatinho
malvina diz:
uahuahauhauhauha
gatinho diz:
nao to falando de amor

gatinho diz:
to falando de vontade mesmo filha

malvina diz:
amor foi um eufemismo
gatinho diz:
(tb no to dizendo q to sendo galinha)

malvina diz:
hahahahha
gatinho diz:
porra, se amor foi eufemismo

gatinho diz:
qual era o sujeito sem desconto?

gatinho diz:
paixao-alma-gemea-eterna-universal?

malvina diz:
hahahahahaha
malvina diz:
hmmmm desejo
malvina diz:
pra ser delicada
gatinho diz:
HAHAHAH

malvina diz:
ehehehehheehhe
gatinho diz:
mas tah bom, vou pensar

gatinho diz:
nisso q tu falou

gatinho diz:
eh q sou impaciente

malvina diz:
mas exercitar a paciencia tb é bom
gatinho diz:
eh
gatinho diz:
sou bom de paciencia também
gatinho diz:
mas as vezes ela vira passividade e a gente nao percebe
gatinho diz:
daih as vezes merece arriscar um pouco, sabe?

malvina diz:
é.... pra quem é paciente demais, sim
gatinho diz:
tipo chutar o balde

malvina diz:
claro! mas sem bater com a cabeça na parede
gatinho diz:
embora chutar o balde geralmente sirva mais como atitude (pra gente mesmo) do que como meio de chegar a um fim

malvina diz:
é exatamente o que eu falei
gatinho diz:
ok
gatinho diz:
vou pensar
gatinho diz:
valeu pelo touch

malvina diz:
disponha

sexta-feira, março 02, 2007

Conversa séria de trabalho, parte 5000

Bonitão diz:
gostoooooooooooooooooosa!
Malvina diz:
que isso?
Bonitão diz:
deu vontade de transbordar sinceridade
Bonitão diz:
charmoooooooooooooooooooooosa
Malvina diz:
sei. tava com saudade de me importunar.
Malvina diz:
essa vida comportada aborrece. eu sei.
Bonitão diz:
de boa, vc é boazuuuuuuuuuuuuuda
Bonitão diz:
demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
Malvina diz:
vixe. saiu pra tomar umas brejas?
Bonitão diz:
nem, mas gostaria de fazê-lo contigo
Bonitão diz:
vc sabe, há anos sou teu fã
Bonitão diz:
seria legal dar uma voltinha contigo, como amigos, claro
Malvina diz:
ah sim...
Bonitão diz:
por que a gente não dá uma voltinha mais tarde? trocar idéia, jogar papo fora
Malvina diz:
vixe.
Bonitão diz:
posso te falar mais uma coisinha?
Malvina diz:
diga
Bonitão diz:
tive um baita sonho contigo. daqueles de tirar o sono
Malvina diz:
já sonhei contigo também
Bonitão diz:
como diz a canção, 'sonho que se sonha só/ é só um sonho que se sonha só/ mas sonho que se sonha junto é realidade'
Malvina diz:
essa realidade vai dar trabalho....
Bonitão diz:
que dê qq coisa, sonho meu, menos trabalho! CHEGA DE TRABALHO. Eu não suporto mais essa palavra. três semanas sem sair daqui de dentro.
Malvina diz:
puts, nem fale, quase que eu não volto dessa praia que você está vendo.
Bonitão diz:
teria sido muito legal, eu poderia cair na tua rede
menina boba diz:
sei.
Bonitão diz:
pescado por uma sereia! nem posso pensar nisso...