terça-feira, novembro 28, 2006

dói o meu estrombago estragado

A sobrancelha que não é sombrancelha, a Groenlândia que nunca foi Groelândia, o uso do corretor, o costume dos japoneses, a briga com o Cônsul, a japinha de meio metro que roubou o meu ex, a casa colorida, o meu cabelo comprido, a alegria e as unhas compridas e bem feitas, a unha roída, o semi-analfabetismo, os meus avós, o trabalho novo que vai me exigir mais, a vontade de ser livre ou de ter um namorado que queira me ver num sábado a noite e a gordura acumulada no meu abdômen produzem em mim uma dor de estômago incalculável e uma insônia de fuder a alma.
- Vô, conta uma história de noiva pra eu dormir?

segunda-feira, novembro 27, 2006

Namorar é.... ?

quinta-feira, novembro 23, 2006

de trabalho, gengivas e outras mágoas (ou: o que resta são os amigos)

Malvina diz:
ei amore
Malvina com nick triste diz:
ei
Malvina com nick triste diz:
te liguei ontem
Malvina diz:
eu vi, mas já tava bebada no buzão!
Malvina diz:
vc saiu?
Malvina com nick triste diz:
nem
Malvina com nick triste diz:
meu trabalho miou
Malvina diz:
ai pq?
Malvina diz:
eu vou trabalhar no sábado...
Malvina diz:
e só vou aparecer mais tarde lá na sua casa
Malvina com nick triste diz:
ah no fim só rolou metade do trabalho
Malvina com nick triste diz:
e da grana ne?
Malvina com nick triste diz:
até que horas vc trabalha?
Malvina diz:
umas cinco
Malvina com nick triste diz:
ah sussa., vai estar começando
Malvina diz:
ok
Malvina diz:
meu ex vai viajar ainda bem
Malvina diz:
e não vai ainda bem
Malvina diz:
ai meu vi ele na segunda
Malvina com nick triste diz:
e aí?
Malvina diz:
e aí acabamos em casa né
Malvina diz:
e depois trabalho e pensamentos confusos!
Malvina com nick triste diz:
mas vc tá a fim de voltar com ele?
Malvina diz:
não
Malvina diz:
quer dizer, penso a longo prazo, e tal, e acho q não quero não, mas continuamos meio namorados sabe, a gente se fala e tal, fica junto, tá sinistro...
Malvina diz:
uma boa noticia é q terminei meu canal
Malvina com nick triste diz:
oba!
Malvina com nick triste diz:
sinistro? mas como assim?
Malvina diz:
mas tenho q fazer um dente pra por no lugar, e uma cirurgia pq a gengiva cresceu em cima
Malvina com nick triste diz:
afff
Malvina com nick triste diz:
e é caríssimo e doloroso?
Malvina diz:
sinistro, a gente fica junto e é ótimo, e a gente se despede, então tchau, e ele pergunta toda hora se a gente vai voltar a namorar, mas é foda, pq no fundo sei q não vai dar certo a gente voltar, então acho isso meio sinistro
Malvina diz:
é, sim, os dois
Malvina diz:
ai tenho q ir, maior calor, vai ser foda
Malvina com nick triste diz:
vais fazer alguma hj?
Malvina diz:
pode ser
Malvina diz:
me ligue
Malvina com nick triste diz:
eu queria, estou meio depre
Malvina diz:
sim, eu tb
Malvina diz:
vamos encher a lata e chorar nossas magoas

quarta-feira, novembro 22, 2006

Marquinhooo!, o cara grita lá fora, chamando o dono da boca - sim, do lado de casa tem uma boca. Um saco, o cara grita lá fora o dia todo, um monte de nóias, sempre chamando a porra do Marquinho. O Marquinho outro dia entrou no nosso jardim, posso procurar uma coisa que deixei cair aqui? Deixou cair como? Não, eu tava fumando um baseado, apareceu a polícia, eu joguei aí dentro. Bom, pode, eu disse meio pasma com a folga do cidadão. É um potinho branco de filme, ele disse. Bom, então não era baseado que tava fumando coisa nenhuma, eu pensei, mas fazer o quê? Arrumar briga com o dono da boca não pode. Nada de potinho, ante a minha cara feia ele desiste, se vocês acharem me avisa, tá? O rosto meio desfigurado, esse cara vai rodar, a gente comentou aqui em casa. Todos rodam, afinal.

Passo no supermercado e compro uma latinha de atum, um pé de alface, cebolinha, coisas da vida, precisamos jantar. Me pagaram, o salário atrasado, é claro que depositaram o cheque depois das quatro, vai compensar só na sexta-feira. Suspirei vendo o extrato no caixa eletrônico, preciso arranjar mais frila, mas pra fazer que horas, meu deus, não gosto tanto assim de trabalhar, é um suplício chegar em casa e ter de continuar trabalhando, se isso acontece todos os dias.

Não precisa comprar iogurte que tem aqui, traz só a ração dos gatinhos, abro a geladeira e o iogurte vencido há três semanas. Uma coisa boba, sem importância, que diferença faz um patê de atum com ou sem iogurte, mas aquela conversa que está sendo guardada desde ontem quase vem à tona, mas quem é que pode parar pra discutir relacionamento agora, se precisamos tanto trabalhar? Então finjo que tudo bem, hipocritamente mastingando o sanduíche de patê que não é patê, já que não tem iogurte. Lavo a louça toda cantando Caetano, quer café? Café de cafeteira italiana, é bom, vou trabalhar, eu também, sento aqui e escrevo esse texto. Lá fora o cara ainda chama, Marquinho!

Saudade sem explicação

o que é felicidade meu amor? Eu sinto saudade de você sabia? Mas não quero que você pegue ele de mim, nunca... nunca! Nem que eu case e tenha filhos com outro! Será que você poderia me jurar que nunca? Será que alguém pode prometer que ninguém me tiraria o dia de ontem? Será? Enquanto eu chorava, tentava explicar essa saudade que eu sinto, que não é de alguma coisa, mas é de tudo e de nada. Só saudade, uma saudade que dói e sempre doeu. Sempre inventando motivos e nomes para essa saudade. Mas é daquela casa também, é do dia de hoje, é do dia de ontem, é do ano passado, é do meu cabelo comprido, é dele que não pude mas que ela terá. É uma culpa. E eu continuarei a sonhar... Me abraça, não chora! Me fala que ninguém vai tirar você de mim?

terça-feira, novembro 21, 2006

Passagens, ou: eu tenho acentos!

Se que estou distante, Malvinas (e não é uma piada babaca, porque nesse mundo virtual não há distâncias). Mas é que a distância vai se construindo no dia-a-dia, nas pequenas prioridades que a gente vai escolhendo, claro, mas que também escolhem a gente. Então pra variar esse vai ser um post rápido, mas sincero. Não tive tempo de descrever longamente como estou apaixonada, e como é delicioso me deixar levar por esse turbilhão uma vez mais, todo o medo enterrado lá atrás. Não tive tempo de escrever como ele me faz bem nem de descrever as nossas deliciosas noitadas, eu na minha cama e ele na dele, a oceanos de distância e ainda assim juntinhos - tão mais juntos do que o homem com quem dividi a cama durante longos anos... Não: esse texto é sobre a conquista dos acentos, que finalmente eu tenho configurados no meu teclado, e que vieram junto com uma das maiores conquistas que eu tenho obtido, a coragem de encarar a máquina, a criação humana que nos dificulta, mas ah! facilita tanto a vida. Demorei quase dois meses para descobrir como colocar os acentos na porra desse teclado, mas finalmente, sozinha, com persistência e paciência eles vieram. Sozinha. Maior orgulho de mim mesma por descobrir no meio dos links e links e links do meu laptop como afinal eu podia colocá-los a meu serviço. E aqui estão, e são todos meus, e eu posso fazer o que quiser com eles! E aí vem a razão maior desse texto, que é o seguinte: é bem verdade que eu não consegui ajustar o keyboard para o modelo perfeito, em que tudo encaixe no que diz cada tecla. Mas não tem problema, porque a tecla do canto superior esquerdo, que diz "aspas e tracinho em pé e um L esquisito deitado na horizontal" é na verdade a tecla para o meu ão, que me obriga a fazer um movimento meio esdrúxulo quando eu quero dizer um ão como do coração e de emoção e da solidão - palavras que afinal são tão dramáticas quanto o movimento que eu tenho que fazer para escrevê-las, cruzando a mão direita sobre a esquerda. E esse movimento, Malvinas, é o mesmo que eu fiz tantas vezes quando ainda morava na casa da minha mãe (outro til aqui) e usava os teclados para engatinhar nos textos que escrevia. E esse movimento é nostálgico e me lembra o Brasil, e o quanto eu amo nossos ãos e ões que aqui ninguém consegue pronunciar: macarrão, canção, tesão, ilusão, criação, ação, feijões, tradições, diversões, decisões, mamões (ou mamãos?), mãe, minha mãe, supermãe, doce mãe, extramãe, vida-mãe, over-mãe, sobremãe, mão, minha mão percorrendo o teclado.

sexta-feira, novembro 17, 2006

a vida é boa pra caralho!

maconha, calor, banho gelado, sexta-feira...


e é nóis!

segunda-feira, novembro 13, 2006

Não é fácil, mas vale a pena.

Como já disseram antes “A dor dos outros não se tenta entender, que é falta de educação.” Mas sem querer querendo a gente entende, e mais sem querer ainda a gente sente igual. Mas também sente outras coisas, e são essas que fazem valer a pena. Como o dia de ontem. Em que eu quis fazer do dia dele o mais especial. Dele que me faz a mais especial, pra quem eu me faço bonita, pra quem tento sempre ser uma pessoa melhor.

E na minha ânsia quem fez o dia ser incrível foi ele! Com um jeito de quem não quer nada. E não quer mesmo, não pro futuro, mas faz pelo agora. E deve estar lá cavando suas placas, extraindo matéria num embate bruto e afetuoso, como ele faz comigo.

Porque o seu jeito de desenhar o mundo faz parte do meu olho e o de subverter da minha fala. Porque ainda é ele quem eu quero pra ensinar nossos filhos a andar de bicicleta sem medo, respeitar o caminho das formigas e transgredir as paredes. O homem com jeito de menino, os olhos grandes por trás da barba que me arranha. A boca que morde o lábio inferior quando tá chegando perto, que dá um tremor nas pernas, que deixa a gente rir cúmplice enquanto se entrega. O corpo que é abrigo, onde quer que esteja.

E apesar de tudo isso, com tudo isso, por causa disso ele me desmonta e reconstrói. E por isso tudo vale a pena. E eu sei que é difícil pensar nisso agora. Mas com o tempo tudo vai parecer mais generalizante, e soar como se estivesse falando de outra pessoa. A cada dia aquela história vai ser menos sua. E quando você acordar ele não vai mais ser o primeiro dos seus pensamentos. E você vai estar pronta pra algo que valha a pena, de novo.

domingo, novembro 12, 2006

.

Não é nada fácil, meninas. Nada fácil.

Tenho um certo receio de escrever, vergonha de ter sofrido tanto por insegurança,por ter esperança no que não poderia ter, por ter jogado fora meu apreço por mim mesma,por achar que ele é uma pessoa melhor. Só senti o que foi, agora, sozinha. Blan! Tudo desmoronou. De repente.
Ele me traiu. E olha, logo que descobri, liguei pra uma Malvina, aos prantos, e ela quase só conseguia dizer que sabia que o que eu estava sentindo era uma das piores dores...e era. Não foi uma fraqueza, foi uma traição, com direito a troca de e-mails, e pessoas conhecidas sabendo. Traição mesmo. Não disse nada quando descobri, estava na casa dele, ele deixou e-mail aberto. Me calei, meninas. Dormi com ele, sorvi toda a minha raiva, destilei veneno, e de manhã, mandei um e-mail primoroso, que depois ele me disse que arrepiou inteiro... Se fosse hoje, não teria tanto sangue frio comigo mesma. Dava logo um tapa. E fomos jantar, depois de alguns dias, para tentar conversar. Não conseguia olhar na cara dele. É um sentimento de raiva, de dor. E ele: me perdoa, que vergonha, estou constragido, envergonhado... Também estava envergonhada e constrangida. Coisa horrível. E conversamos sobre isso um pouco, assunto intercalado com amenidades e muitas cervejas...A gente se ama, vamos dar um tempo pra isso passar.
Alguns dias se passaram, e ele: vamos passear, tomar sorvete, ir ao zoológico, ao cinema, dançar...eu, toda coração, toda compaixão, pensei que poderia tentar. E tentei. E fomos ao cinema, passeamos no centro...mas tudo fora do lugar. Tudo. E que idéia! Vamos cheirar cocaína e ir pra balada? Que fraqueza! Que burrice! Trepamos igual loucos, com saudade, com pó no corpo na cabeça, com dor na alma e no coração. Mais um tempo, meu amor, me dê mais tempo pra respirar...
Passou uma semana. Acordei pronta pro perdão, decidida que tinha que acontecer. Liguei: Vamos? Vamos! Fomos. Foi bom.
Brigamos de manhã. Ele entristeceu, eu também, não pode ser, não pode ser, não tem que ser assim. Mas era. Estava tudo à prova.
Ficamos mais juntos. Mas a cada palavra que me dizia, cada beijo que me dava, eu via outra cara, outra pessoa...achando, o tolo, o burro, o egoísta, que estava tudo bem. Que podia continuar tudo igual, que afinal, eu sou fácil demais, não preciso de flores, nem de desculpas, nem de passeios...pra quê? Ele dizia: isso é hipocrisia, tem homem que dá flores e bate na mulher. Tem mesmo. Estúpido.
Uma sexta á noite estava numa festa com grandes amigos, muito amada, dando muitas risadas...e sexta, é claro, é dia de casados. Ele me liga: onde vc tá? Tô aqui...
- Vamos nos encontrar no bar? Vamos sim... - Você tá estranha.
Triste, é o que eu estava.
Porque não tinha mais jeito. Minha felicidade estava cada vez mais distante...dele. Liguei de volta: Tô de boa de te ver.
Na manha seguinte, chamei para uma conversa, na rua, com pressa, rápido, tomei todas as forças que tinha, tomei espinafre do Popeye, pensei que não teria mais volta; a verdade é que eu não queria mais volta. "Pra mim chega". Foi assim.
Ontem nos encontramos no aniversário de uma amiga em comum, e dormimos juntos. Foi perfeito. Foi quase.
Mas acabou. Sem lamúrias. Com choro,a ferida sangra, a saudade dói,o amor existe mas não tem mais saída possível, que tristeza que dá, mas com a certeza de que agora sou mais forte, e isso é bom.
Nos amamos. Talvez ame pra sempre, e não sei do futuro. também não quero saber. Cansei de tentar entender, cansei de pensar, cansei de sentir. Tô de boa. Quero viver sem neura. Nada é para sempre, ainda bem. Percebi isso a tempo de salvar meu corpo, alma e coração.

Drão o amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar plantar nalgum lugar
Ressuscitar no chão nossa semeadura
Quem poderá fazer aquele amor morrer!
Nossa caminhadura
Dura caminhada pela estrada escura
Drão não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão, estende-se, infinito
Imenso monolito, nossa arquitetura
Quem poderá fazer aquele amor morrer!
Nossa caminha dura
Cama de tatame pela vida afora
Drão os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão, não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Se o amor é como um grão!
Morrenasce, trigo, vive morre, pão
Drão

karaokê (parte III)

Escolha a música, de preferência a mais brega possível, pegue no microfone,solte a voz, leve o público ao delírio. Recomendo depois de algumas doses de saquê. Superstar. No duro. Demais.

Britanica

Hoje a tarde apareceu uma raposa no meu jardim. Literalmente.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Receita de Reconciliação


para duas pessoas
tempo de preparo: o necessário

Ingredientes:

1/2 pacote de macarrão italiano (do caro!);
1 garrafa de vinho italiano (não tão caro);
1 maço de salsinha lavada e picada bem pequeninha;
4 dentes de alho picados em fatias finas;
azeite bom;
300g de filé mignon cortado em cubinhos;
1/2 vidro de champignon;
1/2 cebola cortada em pedaços grandes;
1 colher das de sopa de manteiga;
2 kg de mágoa;
5 kg de culpa;
1/2 litro de lágrimas verdadeiras;
100 ml de lágrimas um pouco forçadas (se necessário);
música a gosto;
amor à vontade;
aperitivos e sobremesa preferidos;
1 cartão de crédito.

Modo de preparo:

Inicie com o cartão: adicione os produtos ao carrinho de supermercado com cuidado, escolhendo bem (importante: não esqueça de fechar os olhos ao assinar a fatura!). Numa cozinha limpa, coloque música a gosto, abra o vinho e espalhe delicadamente os aperitivos sobre a mesa. Encha uma panela grande com água, adicione sal (de modo que ela fique tão salgada quanto a água do mar), e coloque pra ferver; se possível, aproveite o calor para quebrar o gelo. Salgue a carne e reserve.

Enquanto deixa a mágoa transbordar, reserve também uma dose generosa de paciência e humildade, usando 3/4 da culpa. Corte a cebola, o alho e a salsinha como indicado acima. Numa panela pequena, frite a carne na manteiga; quando estiver mais ou menos frita, adicione a cebola e o champignon e frite até a cebola ficar douradinha. Com o amor, enxugue as lágrimas verdadeiras; se necessário, utilize com parcimônia as lágrimas um pouco forçadas. Se a água do macarrão já estiver fervendo, desligue o fogo e tampe a panela (isso porque quando você for cozinhá-lo ela volta a ferver rapidamente).

Numa panela média (grande o suficiente para caber o macarrão depois de cozido) frite o alho da seguinte maneira: cubra o fundo da panela com mais ou menos 1cm de azeite; quando estiver quente, jogue o alho picado e deixe fritar até dourar. Assim que estiver dourado, retire os pedacinhos rapidamente com uma escumadeira e reserve (senão eles queimam!). Reserve também a panela com o azeite.

Ligue novamente o fogo da panela com água, espere ferver e cozinhe o macarrão al dente (se tem dúvidas quanto ao ponto, marque o tempo indicado no pacote. Se for macarrão nacional, deixe um minuto a menos do que o indicado). Enquanto o macarrão cozinha, deixe que a mágoa termine de transbordar até o final e fique atenta para não se magoar também. Você acabará ficando sozinha na cozinha; é normal. Pacientemente, escorra o macarrão e leve as duas panelas (da carne - apenas para aquecer; cuidado para não grudar! - e do azeite) ao fogo. Despeje o macarrão na panela com azeite e vá misturando aos poucos a salsinha e o alho. Desligue o fogo e tampe as panelas (não esqueça que você ainda estará sozinha). Lave toda a louça que usou pra cozinhar e arrume a mesa. Na sala, coloque mais uma boa dose de amor pra terminar de uma vez com a mágoa. Leve ao quarto, ou ao sofá, e divirta-se à vontade.

Depois, esquente tudo novamente e, com seu par, comam comida requentada, deliciosa e feliz. E pelo menos o alho não vai mais atrapalhar o romantismo.

Guarde o que sobrou da culpa para saborear sozinha. Jogue fora toda a mágoa que conseguir.




(dica: o prato pode - e deve! - ser substituído pelo prato preferido da pessoa ofendida.)

Delíííícia

Depois de um bom tempo namorando, cheguei a duvidar se ele ainda tinha o mesmo interesse por mim. Passamos o feriadão juntos e durante todo o tempo eu ainda questionava: "ainda somos a mesma coisa de antes?"
A minha dúvida só foi respondida hoje, enquando trocava de roupa na sua frente. Eu procurava a calcinha e o soutien certos, para usar com aquela roupa, e ele me olhava de um jeito que me deixava sem-graça, tinha uma cara de malandro e de tesão, me comia inteira enquanto eu estava ali, nua e (fingidamente) distraída mexendo nas minhas gavetas.
Assim que me vesti, o amor me apertou com toda a força e disse ao meu ouvido as coisas mais lindas e obscenas do mundo

terça-feira, novembro 07, 2006

...que eu também mereço!

"Querida, desculpa a mim e minha enxaqueca, vai....
Mas simplificando: quero te fazer feliz!
beijos"

se casamento fosse bom,

não precisava testemunha.


e tenho dito!

domingo, novembro 05, 2006

Foto sem legenda

As nossas fotos não precisam de legenda. Mas, se precisassem, eu não saberia escrevê-las. Com você, meu fotógrafo, eu perco as palavras. E quando eu perco as palavras... é porque alguma coisa grave aconteceu.