quinta-feira, agosto 30, 2007

a vinçança SIEMPRE chega!

Pois não é que é, meninas?
Ontem eu estava doente em casa. O filho também estava. Mandei um sms pro pai dele que é nosso vizinho (o que é uma merda na maior parte do tempo) pedindo que comprasse um xarope e aproveitasse para me fazer a caridade de trazer um plasil. Eu vomitava até as tripas, um horror.
Ele chegou com os remédios alguns minutos depois, puxou conversa, brincava com o filho quando a namorada ligou. A namorada, a maioria das malvinas acompanhou a história, foi o pivô da separação. E eis que eu presencio uma cena de ciúmes telefônico na sala da minha casa. Ela perguntando onde ele estava, fazendo o quê na minha casa, se eu estava lá etc. Ele branco e sem graça, respondendo calmamente ao inquérito. Eu sorrindo, saboreando aquela cena. Pois quantas voltas dá esse mundo. Ela cercou, prensou até que conseguiu nos separar. Mas não pensou que iria ter que conviver com o meu fantasma pelo resto da vida (ou do relacionamento). Pois temos um filho afinal. Nos falamos todos os dias e nos vemos pelo menos uma vez por semana. Imagino que a paranóia dela agora será três vezes maior do que a minha quando ela surgiu. Coitadinha...
A vingança SIEMPRE chega, afinal.

segunda-feira, agosto 27, 2007

que meeeeeigo

gente, tudo bem, podem me chamar de biba doida.

mas é fofo demais, gente, quase chorei no final! snif, snif...

hahahahahahaha


http://www.youtube.com/watch?v=nZTlii73FTo

segunda-feira, agosto 20, 2007

Que vive nas idéias desses amantes

Exatamente depois de achar que a vida estava ficando mais doce do que nunca ao lado do melhor amor do mundo, o bonitão ressurge. De camisa, calça jeans, All Star e aquele jeito que me faz perder a fala. Me convida pra almoçar. O elevador cheio me deixa encostada nele, aquele cheiro me fez delirar... Saímos do prédio e nos deparamos com um lindo céu azul e um sol brilhando só pra nós. Falamos sobre os dias de folga e a vida fora do ar-condicionado. Sentamos pra almoçar e os assuntos cotidianos tomaram conta do nosso almoço. Até... ele me perguntar se eu queria morar com ele! (?!) A minha única reação foi gargalhar. Ele me disse que achou uma casa linda: um sobrado, com jardim na frente, um espaço para o churrasco atrás, preço bom e que eu seria a pessoa ideal para dividir aquela casa com ele(??!!). Embarquei no delírio e perguntei se ele teria um cachorro. Conversamos tanto mais que o almoço acabou invadindo o espaço da tarde... Éramos dois amigos discutindo uma casa para morar? "O que será que será, que vive nas idéias desses amantes? Que cantam os poetas mais delirantes? Que juram os profetas embriagados? Que está na romaria dos mutilados? Que está na fantasia dos infelizes? Que está no dia-a-dia das meretrizes? No plano dos bandidos, dos desvalidos? Em todos os sentidos, será que será? O que não tem decência, nem nunca terá! O que não tem censura, nem nunca terá! O que não faz sentido..."

terça-feira, agosto 14, 2007

Sabe, gente
É tanta coisa pra gente saber
O que falar, como andar, onde ir
O que dizer, o que calar, a quem querer
Sabe, gente
É tanta coisa, que eu fico sem jeito
Sou eu sozinha e esse nó no peito
Já desfeito em lágrimas
Que eu luto pra esconder
Sabe, gente
Eu sei, que no fundo, o problema é só da gente
É só do coração dizer não
Quando a mente tenta nos levar à casa do
sofrer
Quando escutar um samba-canção assim como:
Eu preciso aprender a ser só
Reagir e ouvir o coração responder
Eu preciso aprender a só ser
Sabe, gente
É tanta coisa que eu nem quero saber...

terça-feira, agosto 07, 2007

Como é dificil acertar a chave...

Fazia tempo que eu não chorava. E agora desabo no elevador e mal consigo segurar o chaveiro de passarinho vermelho para abrir a porta, de tanto que tremo de raiva de mim mesma. Odeio ser tão intuitiva, odeio saber as coisas bem antes, odeio prever os acontecimentos por um simples olhar que dura alguns segundos a menos e mais do que tudo odeio saber agora que estive certa em cada detalhe.
Acendi um cigarro enquanto o blog carregava. Achei o coração da garota na internet. Mas isso foi ontem, e ontem eu não chorei. As datas, as fotos, os textos tão apaixonados e tão subjetivos que só aumentam a minha raiva por ainda deixar uma pontinha de dúvida. Ela acabou com o meu casamento. Com a minha familia. Acabou com seis anos de tijolo por tijolo num desenho lógico. Nunca soube se ele realmente me traiu. Mas o "namoro" me incomodava de um tanto que mandei ele embora. Namoro é sair pra passear, é receber mensagens de noite e de dia, é compartilhar de gostos e idéias. Eles tinham isso, portanto resolvi sair de cena. E ontem achei o blog. As datas me deram azia. Me reviraram o estômago. Que tivesse comido de uma vez, era o que eu dizia, e estava certa. Mas não. Ele esteve cozinhando a garota por todo esse tempo, assim como fez comigo antes de eu tomar a atitude. Que ódio da deslealdade. Não por agora, quero que os dois afundem na depressão conjunta, mas por ontem, pelo que sofri e agora, pelo que constatei.
O meu "for fun" também começa a desmoronar. Sinto medo. Sinto dúvidas. Não era pra ser assim. Não planejei. E não vou vou deixar outro cara me estragar de novo. Não. Não vou me iludir. Mas já gosto a mais do que deveria. E isso é desesperador. Sinto que ele começa a vacilar. É minha deixa pra cair fora, eu digo a mim mesma. Mas eu preciso de abraço. Por que mulher é assim? Por que precisa tanto de abraço e carinho no rosto e um foco pra se dedicar? Odeio. Luto contra ser mulher todos os dias, segundo a segundo, com os dentes. Contra a carência, contra a necessidade de apoio, contra a dependência. Mas começo novamente a vacilar. Pensar que queria um carinho só pra mim, um colo só pra mim. Mas acho, agora mais do que nunca, que isso não existe. Ou não por muito tempo.
Mas ontem eu não chorei. E agora tremo as unhas roídas sobre o teclado.
E tiro o telefone do gancho. E desligo o celular esperando desesperadamente que ele me procure tanto quanto da ultima vez. Mas, odeio ser intuitiva, isso não vai acontecer hoje.

sexta-feira, agosto 03, 2007

A pergunta

"Mãe, menina também pode aprender matemática?"
Marina, 4 anos.

Farewell

Eu ia mesmo te perguntar se você tinha certeza que queria tomar vinho. Dizem que só devemos bebê-lo quando temos a certeza de querer ir até o fim. Ele disse isso e me fitou docemente, com olhos de quem precisa mas ao mesmo tempo tem tudo sob controle. Não me arrependo, disse, e de tão aliviado ele suspirou.
A chuva caía barulhenta lá fora. Tirei os sapatos molhados e pedi um chá. Ele voltou com 4 tipos de ervas frescas na mão, enquanto eu lia a página de horóscopos no jornal. Acho que falava algo sobre viagens. Com a xícara na mão, o som das gotas no telhado, a vontade era de ficar calada. Havia entre nós uma intimidade ancestral que permitia o silêncio. Mas o encontro era de fato tão recente, que me fazia duvidar deste bem-estar inerente, que nunca foi construído.
Chorei um pouco. Um tanto para preencher o vazio, um tanto para mostrar que me importava. Hoje só podia estar chovendo. É. Você quer ler o que escrevi para você? Quero. Sentei na beira da cadeira vermelha, era bom ter a casa em silêncio. Li num fôlego. Que lindo era. Ele me olhou e disse: eu te amo. Tinha um jeito de dizê-lo que era só dele. Factual, mas intenso e desenvolto. Nada melado. Falamos de livros, de lustres, de lagartas. No carro, o manjericão ia deixar um cheiro forte. Preciso ir, saí de casa só para ir até a feira e ele deve estar me esperando. Que pena. Peguei os sapatos e saí descalça. Andamos juntos até a porta, o cordeiro atrás.O abraço foi terno e por pouco não virou beijo, como da última vez. Mas se houvesse o beijo, o silêncio seria ainda mais longo depois. Definitivo, quem sabe. Fui embora devagar, buscando o olhar dele, mas ele se fingiu absorto fazendo festinha na cabeça do cordeiro.